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domingo, 29 de outubro de 2017

Iemanjá, a mãe poderosa









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Trazida ao Brasil pelos povos de origem ioruba, desde que assumiu o reino das águas salgadas começou a ser cultuada pelos pescadores como sua padroeira. Ao mesmo tempo, quanto mais o seu papel de mãe se fortaleceu, maior foi a aproximação com a mãe dos católicos, Nossa Senhora, com a qual é sincretizadaArmando Vallado



Os mitos dos orixás certamente são a fonte básica
 para o conhecimento de Iemanjá. Além dos mitos,
 o culto a Iemanjá foi trazido para o Brasil principalmente pelos povos de origem ioruba, em
 fins do século XVIII até quase metade do século XIX.
Originalmente, na África, Iemanjá é divindade das águas doces, ninfa do rio Ogum, tendo sido primordialmente cultuada pelos ebás, povo africano assentado numa região situada entre as cidades de Ifé e Ibadan. Até o século XIX, com a expansão dos ebás e disseminação de sua cultura em consequência de guerras entre as várias etnias iorubas, o culto a Iemanjá foi levado para Abeocutá 
e demais povoações ao longo do rio Ogum, sendo Iemanjá então a ele associada. Com o tempo
 passou a ser cultuada em quase todo o território iorubano.
Iemanjá está associada aos rios e suas desembocaduras, à fertilidade das mulheres, à maternidade e principalmente ao processo de
 criação do mundo e da continuidade da vida. Seu culto original a associa ao plantio e colheita dos inhames e coleta dos peixes, donde seu nome Yemojá (Yeye Omo Ejá), Mãe dos filhos peixes, divindade regente da pesca.
No Brasil, conforme historiadores, o culto as divindades-mães teria chegado aqui por intermédio de Iemanjá. Outros orixás-mães são aqui cultuados com ela, como: Oxum e Nanã Burucu. Iemanjá, Oxum e Nanã aqui tiveram uma profunda inter-relação mítica com as sereias do paganismo europeu, com as diferentes denominações de
 Nossa Senhora e com as iaras ameríndias, as 
mães-d’água, chamada de Iara. O culto hidrolátrico das divindades africanas em solo brasileiro prescindiu de modificações substanciais já que, distanciando da terra-mãe, perderia seu significado caso não encontrasse um terreno favorável à sua constituição.
O culto de Iemanjá realizado à beira do rio Ogum
 em Abeocutá na África, transferiu-se no Brasil para o mar. No continente de origem, o mar era o reino mítico de Olocum, literalmente o Dono ou a Dona
 do Mar, divindade considerada pai ou mãe de Iemanjá. Os orixás que na África estavam
 associados a um acidente geográfico específico, especialmente aos rios, perderam no Brasil tal associação e tiveram o culto generalizado, Iemanjá perdeu o rio Ogum e ganhou o mar. A nova
 geografia reorganizou o panteão; a nova cultura rearranjou os patronatos.
Mulher guerreira
Relembrando a função de Iemanjá na África, onde governa a fertilidade e a maternidade das mulheres
 e também a colheita do inhame novo, parece-me indiscutível sua ascensão em terras brasileiras à posição de grande mãe, perdendo suas características de mulher guerreira e de amante ardorosa, em função de sua associação com Nossa Senhora, a mãe virgem e casta.
Mesmo considerada agora o orixá do mar, Iemanjá continua a ser saudada no candomblé com a expressão originalmente africana “Odoiyá”, que significa Mãe do Rio, mas foi sua filha Oxum que herdou no Brasil todos os rios e regatos. Na expressão popular encontramos a frase: Iemanjá é 
a água salgada, Oxum é a água doce.
Outro aspecto de Iemanjá no Brasil a liga à figura 
da Rainha do Mar, personagem importante na vida dos pescadores. Este aspecto marítimo
 desenvolveu-se associando Iemanjá à figura da sereia, não só a europeia, mas também a africana.
Como figura marinha, Iemanjá desempenha duplo papel. De um lado ela é a mãe que propicia a pesca abundante – que controla o movimento das águas, ondas e marés – da qual depende a vida do pescador. De outro ela é a sereia sedutora, sexy,
 que atrai o pescador, o ama e o mata ou o deixa morrer nas profundezas do mar para onde o leva e onde o prende para amá-lo.
Quanto mais o papel de Iemanjá como mãe se fortaleceu, mais foi se aproximando da mãe dos católicos, Nossa Senhora, com a qual é sincretizada nas diversas regiões do Brasil. Tanto é assim que suas festas mais importantes são comemoradas de acordo com o calendário católico. O culto sincrético de Iemanjá ocorre principalmente em datas festivas das Nossas Senhoras católicas mais populares em cada região, aquelas que têm nas diversas cidades
 o maior número de devotos, como Nossa Senhora das Candeias em Salvador, Nossa Senhora do Carmo em Recife, Nossa Senhora da Conceição em São Paulo.
Com o surgimento da umbanda nos anos 30, 
Iemanjá tem reforçado seu papel de mãe estritamente associada a Nossa Senhora. Ela assume aqui aspectos iconográficos que deixam de lado – conforme se dá em todo o processo de formação da umbanda –seus traços africanos originais, assumindo características inteiramente europeias.
Ela agora é branca, de longos cabelos negros e
 lisos, usa um vestido azul de mangas longas, trazendo na cabeça um diadema em forma de estrela. Ela é Stella Maris, como é Nossa Senhora. Embora ela seja a grande mãe da umbanda, ao
 lado do grande pai que é Oxalá, seu papel
 cotidiano umbandista é bastante reduzido. Ela assume a chefia de falanges de “espíritos de luz”, comandando espíritos de caboclos e iaras que, muitas vezes, recebem nomes alusivos a tal
 aspecto, como exemplo: Caboclo do Mar, Caboclo Estrela do Mar, Janaína, Cabocla Iara etc.
Na umbanda, o duplo aspecto de Iemanjá como
 mãe e amante ficou limitado apenas ao primeiro, sendo que os aspectos ligados à sexualidade foram transferidos para outra entidade que é a Pombagira, associada à condutas muitas vezes consideradas imorais pela sociedade. É portanto na umbanda que Iemanjá, como mãe, teve sua elaboração mais próxima das concepções da sociedade brasileira inclusiva, ou seja, da sociedade branca.

Outras formas de contato com a Rainha do Mar, a julgar pela crescente presença da população nas festas celebradas nas praias brasileiras – se não
 for fé, pelo menos pela emoção da participação coletiva – tornam possível declarar Iemanjá como o orixá mais popular do Brasil, visto pelo povo do candomblé, pelo povo da umbanda ou ainda pela sociedade como um todo.
Mitos do universo
Ao tomar agora os mitos de Iemanjá ressignificados no Brasil, é bom lembrar que nos mitos de criação
 do universo, vamos sempre encontrar a presença feminina e a masculina, Iemanjá representando o feminino. Segundo a mitologia, Iemanjá, a divindade da Água, surgiu do mar pela ação de Olodumare,
 o deus supremo ioruba. No momento da criação do mundo, Iemanjá aparece como coadjutora de Olodumare na criação dos demais orixás, criando-
se depois a Terra, que é em seguida povoada pela humanidade.
Mas Olodumare, o Criador, distancia-se de suas cr
iaturas, os orixás, inclusive Iemanjá. Iemanjá teve uma relação incestuosa com seu irmão Aganju, o fogo, e dessa união nasceu Orugã. Atraído pela beleza e inteligência da mãe, Orugã apaixonou-se pela mãe e, na ausência do pai, tentou violentá-la. Para escapar do assédio sexual do filho, Iemanjá desesperada e, na fuga, caiu no chão desfalecida.
Nesse momento o corpo de Iemanjá começou a crescer, tomando proporções descomunais. Dos
 seus enormes seios surgiram os rios e o mar e do seu ventre nasceram os orixás: Ogum, divindade do ferro e da guerra; Xangô, divindade do trovão e do fogo; Oiá, divindade associada aos ventos e às tempestades; Obá, divindade ligada ao patronato familiar e à fidelidade conjugal; Oxóssi, divindade da caça; Omolu, divindade da varíola e de todas as doenças de pele; Oxum, divindade ligada a beleza e aos encantos mágicos e a outras divindades se compõem o panteão ioruba.
Com o incesto, dá-se o caos. O incesto é o fator de ruptura total, constituindo-se no maior dos tabus em todas as culturas conhecidas, sendo considerado
 por algumas correntes antropológicas como o grande princípio organizador da sociedade. Assim o incesto praticado por Iemanjá e seu irmão pode ser interpretado como demarcador do surgimento da cultura, sendo assim um mito de criação.
Noutro mito Iemanjá aparece como a dona das cabeças humanas, assim, quando Olodumare fez o mundo, repartiu entre os orixás vários poderes, dando a cada um deles um reino para cuidar. Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Oxalá, orixá velho e alquebrado, assim como a criação de seus filhos e de todos os afazeres domésticos.
Iemanjá trabalhava e reclamava da sua condição de menos favorecida, pois, afinal, todas as outras divindades recebiam oferendas e homenagens enquanto ela vivia como escrava.
Durante muito tempo Iemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, tanto falou nos ouvidos de Oxalá, que este enlouqueceu. O orí (a cabeça) de Oxalá não suportou os reclamos de Iemanjá.
Caindo Oxalá enfermo, Iemanjá deu-se conta do
 mal que fizera ao marido e tratou de curá-lo, arrependida e temerosa. Em poucos dias, utilizando-se de banha vegetal (orí), de água fresca (omi tutu), de obi (fruta conhecida como noz-de-cola), pombos brancos, frutas deliciosas e doces, curou Oxalá.
Oxalá, agradecido, foi a Olodumare pedir para que atribuísse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Iemanjá recebe oferendas e
 é homenageada quando se faz nos terreiros de candomblé o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça. Assim Iemanjá é sempre lembrada nos terreiros e em todos os momentos os filhos-de-santo a saúdam e agradecem como mãe das cabeças.
Nas festas públicas nos terreiros durante sua dança ritual, os filhos de santo dançam em movimentos circulares que lembram as ondas do mar e tocando
 a fronte e a nuca, saúdam Iemanjá, fazendo referência a seu domínio sobre suas cabeças.
Tantas outras homenagens são feitas a Iemanjá,
 mas é principalmente nas cerimônias públicas, essencialmente na costa brasileira, que uma multidão de pessoas nessas datas, dirige-se à beira-mar num espetáculo de fé na grande mãe africana, afirmando a cada encontro a importância do orixá 
no conjunto de tantas outras santas e grandes 
mães que povoam o imaginário popular brasileiro.
Comemorações pelo país
Desde que Iemanjá assumiu no Brasil o reino das águas salgadas e padroeira da pesca e dos pescadores, iniciou-se seu culto no mar. Vale
 lembrar que os adeptos do candomblé e da umbanda costumam levar presentes e oferendas a cada orixá no seu “meio natural”, assim a Iemanjá, evidentemente, levam na praia e no mar.
Na Bahia e em Pernambuco, onde as raízes religiosas africanas se fincaram com maior força, dispondo assim de um seguimento de fiéis mais significativo, mas também Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo, a festa da mãe de todas as águas encontra receptividade popular cada vez mais crescente, no dia 2 de fevereiro,
 principalmente em Salvador, dia de Nossa Senhora das Candeias. No Recife, São Paulo e outros locais a festa se faz dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.
A festa do Rio Vermelho em Salvador, a 2 de fevereiro, é a mais antiga festa documentada; já havia referência dela em 1896. A festa de Iemanjá encerra um ciclo de festas em Salvador que inicia-
se em 4 de dezembro com a festa de Santa Barbara (Iansã). Após a festa de Iansã, os baianos realizam em 8 de dezembro a festa em louvor a Nossa Senhora da Conceição da Praia, sincretizada com Oxum. Na terceira quinta-feira do mês de janeiro ocorre a festa da Lavagem do Bonfim, que juntamente com a festa de Iemanjá, é uma das mais importantes festas religiosas da Bahia.
Em São Paulo, no Balneário Turístico de Cidade Ocian festa de Iemanjá é realizada anualmente, nos dois primeiros finais de semana de dezembro, visto ser 8 de dezembro o dia consagrado à Imaculada Conceição com a qual ela é sincretizada. Independentemente das condições climáticas, centenas de pessoas, pertencentes a terreiros, na maioria de umbanda, descem a serra que os leva ao mar, e com fervor próprio de quem se aventura a ficar longas horas a beira-mar e a mercê das intempéries, têm como único objetivo saudar Iemanjá, a rainha do mar.
Devido sobretudo à expansão da umbanda, as festas de Iemanjá nas praias hoje acontecem ao longo de toda a costa brasileira, assim como em cidades litorâneas do Uruguai e da Argentina. Nestas
 cidades vamos encontrar alguma estátua de Iemanjá erguida por iniciativa de federações de umbanda e candomblé e ou do poder público municipal. Há estátuas que seguem a forma de Iemanjá-Sereia, como aqueles encontradas em diversos pontos de Salvador, ou a Iemanjá da umbanda: a mulher branca, de longos cabelos lisos e roupa azul.
 Mesmo quando não há mar por perto, a festa de Iemanjá pode ser celebrada, com estátua e tudo, como ocorre em Brasília junto ao lago Paranoá.
No mar, durante suas festas anuais, as pessoas entregam para Iemanjá uma quantidade sem fim de oferendas, mas principalmente veremos flores, perfumes, velas, bonecas, espelhos, bijuterias, comidas e até dinheiro. Grandes balaios são enfeitados com fitas, tecidos coloridos abrigando essas oferendas. Desde a mais simples oferta até aquelas mais elaboradas, o importante é saudar a rainha do mar.
Não só nas datas das Nossas Senhoras com as quais Iemanjá é sincretizada, a Rainha do Mar é lembrada, todo ano, na passagem de 31 de dezembro, milhares de pessoas dirigem-se a praias, em toda costa brasileira, para receber o ano que
 vai começar, fazendo oferendas a Iemanjá.
Coberta pela mídia, esta
festa desemboca nas residências através da televisão, mais como espetáculo, num repertório de imagens que muitas vezes não deixa transparecer a verdadeira questão da fé das pessoas em Iemanjá.
Gratidão
Nesse universo de fé e consternação nacional, devemos lembrar da figura mais significativa do culto de Iemanjá, o pescador, cantado em verso na 
música do compositor brasileiro Dorival Caymmi. O grande cantor do mar e pioneiro das histórias que falam de Iemanjá cantou este orixá em 1939, em “Promessa de Pescador”. Nos trechos de sua música Caymmi lembra que no dia de Iemanjá, o pescador foi ao mar prometer e ao mar ele vai levar um presente bonito para dona Iemanjá. Muitos pescadores são devotos da Rainha do Mar, de norte a sul, em toda orla marítima brasileira e não só nas datas festivas, eles fazem suas oferendas a Iemanjá que lhes dá o peixe como meio de sobrevivência, que eles vendem e agradecem a ela. Essa gratidão é compartilhada pelo povo mais pobre que vive na beira do mar, que ali acorre numa busca, às vezes desesperada, do compadecimento da grande deusa do mar; ou mesmo por aqueles de melhores condições de vida, mas que comparecem com o mesmo sentimento e a mesma busca, o colo de Iemanjá.
Iemanjá arrasta sua saia prá lá e prá cá no deslizar das ondas, trazendo o peixe, mas fazendo o pescador sentir que deve a ela essa oferenda. O pescador retribui num gesto agradecido com oferendas. As lendas dos pescadores povoam o imaginário popular brasileiro. Os pescadores são encantados por Iemanjá, são levados por ela, amados por ela, enfim, num jogo cíclico próprio dessas histórias.
O povo brasileiro, devoto religioso de tantos santos e santas cristãs, orixás e voduns e tantos outros guias e mestres, e muito já se acostumou a ver instaurar-se em seu território várias concepções religiosas. Há, nessas religiões vários sentimentos que refletem uma comoção social, apoiados em uma devoção que sugere a busca e apego ao divino. Iemanjá, conforme aqui vista, sem dúvida nenhuma promove um fenômeno religioso-social que comove este povo. Ela está presente nos terreiros de candomblé e umbanda; nas festas públicas de praia ou ainda no falar do povo de santo ou do povo comum de nosso país. Iemanjá é conhecida por todos, é cantada e festejada. Até mesmo os seguidores de outras religiões falam de seus poderes e domínios. Iemanjá é brasileira e é africana.
Armando Vallado é doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo e autor do livro Iemanjá a grande mãe africana do Brasil, ed. Pallas, 2002.

BLOG MARIANO DE XANGÓ: Conferencia nacional seguranca

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A intolerância contra as religiões de matrizes africanas no Brasil

Jayro De Jesus CARTA DE SALVADOR / FORUM NACIONAL DO POVO-DE-SANTO.



CARTA DE SALVADOR / FORUM NACIONAL DO POVO-DE-SANTO.
Encontramos nos arquivos da Dra. Tânia Maria Salles Moreira, cedida por Carla Salles e o advogado Saulo Salles, uma datada de 20 de agosto de 1997, atividade acontecida durante o V Congresso Afro- Brasileiro, que contou com mais de 600 pessoas.
A mesa dos trabalhos fora composta por Iya Stella de Oxóssi, Cidália Soledade, Luíza Rocha, Jaime Sodré, Jaime Montenegro, Carlos Ciríaco, Laércio Sacramento, Até José e Júlio Brada.
Os vários pronunciamentos apontaram para as seguintes preocupações:
A) A falta de ações que venham a fortalecer a autoestima do Povo-de-Santo como base de união e preservação da tradição religiosa afro-brasileira;
B) O desrespeito e as agressões sofridas pelas Religiões de Matriz Africana e o tratamento desigual havido pelo Estado;
C) A profanação dos elementos sagrados;
D) A necessidade de uma atenção maior ao sentido da hierarquia e cuidados especiais quanto as diferentes formas de transmissão do saber religioso;
E) A desinformação quanto aos seus direitos, pela comunidade religiosa.
Diante do exposto, o Fórum recomenda:
a) Políticas permanentes que venham reforçar a autestima do Povo-de-Santo tais como seminários, debates, com ênfase nas reflexões sobre a cosmovisão afro-brasileira;
b) Que apoio e acompanhamento à todas as intentadas contra as comunidades, agressões sofridas sejam oferecidos pelas Unidades de Culto, membros da hierarquia religiosa e associações civis;
c) Que se apoiem e estabeleçam ações que visem o tratamento igualitário na questão do ensino religioso, preservando-se os interesses das Religiões de Matriz Africana;
d) Que as Unidades de Culto promovam ações educativas, preservadas as diferentes realidades regionais;
e) Este Fórum recomenda e promove sua transformação em 'FORUM NACIONAL DO POVO-DE-SANTO' sob a Coordenação da Presidenta desta 1 Sessão, Iya Stella de Oxóssi, que se reunirá, anualmente, no Estado que melhores condições possuir para tal finalidade.
Em Salvador, aos 20 dias do mês de agosto de 1997
Seguem as assinaturas que para evidenciá-las estamos decifrar os nomes.
Obs.: Essa luta contra o racismo religioso não é de hoje!!!


Zumbi dos Palmares: Ícone da luta do povo negro no Brasil
Na época do Brasil colonial, um escravo chamado Zumbi dos Palmares, tornou-se símbolo da luta dos negros contra a escravidão no Brasil. Embora tenha nascido livre, Zumbi dos Palmares foi capturado aos sete anos e entregue ao padre jesuíta católico, Antônio Melo, que após batizá-lo, passou a chamá-lo de Francisco. Aos 15 anos, Zumbi fugiu para viver no Quilombo dos Palmares, onde se tornou líder dos escravos fugitivos dos engenhos. Zumbi morreu no dia 20 de novembro de 1695, enquanto lutava pelos direitos e pela liberdade de seu povo. Atualmente, a data é comemorada como o Dia da Consciência Negra, em homenagem à morte daquele que é considerado um herói brasileiro e ícone da resistência do povo negro.

Comemorar o que? CONSCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL!...?..TODO MÊS E NEGRO NO BRASIL A LUTA QUE NÃO VAI CALAR...

http://mandacarurn.blogspot.com.br/2015/02/download-gratuito-kit-cor-da-cultura.html

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O dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro e representa a luta dos "ESCRAVIZA-
DOS"... contra a discriminação racial e a intolerância religiosa...

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Dia da Consciência Negra

Conscência Negra
Manifestação popular no dia da Consciência Negra
Dia da Consciência Negra é comemorado em todo território nacional. Esta data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro "Zumbi", que lutou contra a escravidão no Brasil.
A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Afinal, as gerações que sucederam a época de escravidão sofreram diversos níveis de preconceito.
A data foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff.
Em alguns estados do país, o Dia da Consciência Negra é feriado como no Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

História do Dia da Consciência Negra...


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As diversas nações africanas não se reconheciam como negros, e sim como Bantos, Haúças, Niams, 
Fulas, Kanembus, etc.

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Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em 1532. A abolição do tráfico negreiro deu-se em 1850, pela Lei Eusébio de Queiroz...

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Após a abolição formal da escravidão no dia 13 de maio de 1888, a busca da "liberdade" e da igualdade por direitos dos escravizados jamais cessou. UM GRITO QUE NÃO VAI CALAR...
O sentimento de discriminação sentido por todos os lados tornou o ESCRAVIZADO excluído da sociedade, da educação e assim, marginalizado no mercado de trabalhoe do próprio estado "brasil"....
Essa exclusão foi aos poucos se diluindo e sendo a cada dia mais velada de varias forma e maneiras. O negro encontrava lugar nos esportes e artes, mas não tinha acesso à universidade, por exemplo.
Deste modo, a população negra  os descedentes de matriz africana e  optou por uma celebração
 simbólica dessa luta constante para sua libertação.
A criação de um dia comemorativo da Consciência Negra é uma forma de lembrar a importância de valorizar um povo que contribuiu para o desenvolvimento da cultura brasileira.
No dia 9 de janeiro de 2003, a Lei Federal 10.639 instituiu o "Dia Nacional da Consciência Negra", no calendário escolar. O ensino da cultura afro-brasileira passou a fazer parte do currículo escolar em todo o país.
Durante este período, diversas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para comemorar a luta dos afrodescendentes.

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Além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação 
social, histórica e cultural de nosso país.

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Para saber mais:
  • Brasil Colonial e da atualidade RACISMO E PRECONCEITO VELADOS...
  • Escravidão no Brasil
  • Navios Negreiros
  • Abolição da Escravatura no Brasil
  • Fim de Tráfico de Escravos Africanos
  • Racismo no Brasil

Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares
Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares
Zumbi, nascido num Quilombo (aldeia onde viviam os escravos fugitivos), lutou até a morte para defender seu povo contra a escravidão.
Da escravidão, Zumbi só conhecia as terríveis histórias que os mais velhos estavam sempre contando. Eles lembravam a morte no porão dos navios, a escuridão das senzalas, o trabalho escravo e os castigos sofridos.
O Quilombo dos Palmares estava situado numa longa faixa de terra de 200 quilômetros de largura. Ficava paralela à costa, situada entre o cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso superior do rio São Francisco, hoje no estado de Alagoas.
Leia mais:
  • Zumbi dos Palmares
  • Quilombos
  • Quilombo dos Palmares

Frases

Para refletir sobre a consciência negra, seguem abaixo algumas frases:
  • Os negros no Brasil nascem proibidos de ser inteligentes.” (Paulo Freire)
  • O que mais me irrita é negro pedindo direitos para o negro. Negro não tem de pedir, tem de conquistar.” (Wagner Moura)
  • Não ficaremos satisfeitos enquanto um só negro do Mississípi não puder votar ou um negro de Nova York acreditar que não tem razão para votar.” (Martin Luther King Jr.)
  • Não preciso ter ambições. Só tem uma coisa que eu quero muito: que a humanidade viva unida... negros e brancos todos juntos.” (Bob Marley)
  • A liberdade fez do negro um favelado, sem poder morar na beira mar fizeram suas casas nos morros e se organizaram a sua maneira.” (Rafael Silveira)
  • Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris.” (Ulisses Tavares)



Consciência Negra. Dia em que se relembra a morte de Zumbi dos Palmares, líder de um quilombo, que lutou incessantemente pela libertação de escravos e por uma sociedade digna. Na perspectiva de discutir como ainda hoje o racismo está presente e como a luta do movimento negro permanece necessária na sociedade brasileira, filmes que tratam da temática no ambiente escolar ou na educação de forma geral. São histórias presentes que nos auxiliam a desvendar a origem dos preconceitos e dar mais passos para que o país possa vencê-los.




http://antigo.acordacultura.org.br/herois/episodios
Episódio

Conheça os Episódios


1. Escritores da Liberdade, Richard LaGravenese – EUA/ 2007
Uma nova professora chega a escola tentando mostrar aos estudantes que aquilo que trazem de casa os das ruas faz sentido também dentro da sala de aula. Problemáticas como racismo, desigualdade social e exclusão social dão o mote do filme. Baseado em fatos reais, o longa mostra como a professora Erin Grunwell transformou a relação de aprendizagem em uma escola dividida por tribos. Escola marcada pela resistência dos estudantes em lidar com as diferenças, é por meio da professora que a discussão de cor e raça é trazida para as atividades, que incluem escrever sobre a história de vida de cada um.
2. Vista a minha pele, Joel Zito Araújo & Dandara – BRA/2004
O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.
3. Cultura Negra – Resistência e identidade, Ricardo Malta – BRA/2009
O documentário, produzido pela da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), organizações sociais que combatem a intolerância religiosa e buscam por maior visibilidade da cultura negra. Um dos objetivos do vídeo é contribuir com o debate entorno da Lei nº10639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e a inclusão, no calendário escolar, do dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.
4. Olhos azuis, Jane Elliot- 1968/EUA
O documentário mostra como foi o trabalho desenvolvido pela educadora norte-americana Jane Elliot, que realizou atividades de conscientização tanto com crianças quanto com adultos brancos, em 1968. O vídeo mostra o processo de conscientização realizado durante as oficinas, no qual os brancos poderiam sentir a discriminação sofrida por negros.
5. Ao mestre com carinho, James Clavell, 1967/ EUA
Um engenheiro desempregado começa a lecionar em uma escola pública da periferia de Londres, formada por estudantes rebeldes e também racistas. Aos poucos, ganha a confiança, amizade e respeito dos alunos.
6. Mãos talentosas, Thomas Carter-2009/EUA
O filme conta a história de um menino pobre do Detroit. Desmotivado por tirar baixas notas na escola, era motivo de bullying de forma frequente. Incentivado a estudar pela mãe, que voltou a estudar já adulta, Ben Carson torna-se diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins aos 33 anos, em Baltimore, EUA.
7. Encontrando Forrester, Gus Van Sant – 2000/ EUA
O filme trata sobre a história de Jamal, um adolescente do Bronx que vai estudar em uma escola de elite de Manhattan (EUA), mas continua sofrendo discriminação e preconceito por conta de sua cor. Com a ida, conhece o talentoso escritor William Forrester, que percebe seu talento para a escrita e o incentiva a prosseguir nessa área.
8. Mentes Perigosas, John N. Smith -1995/EUA
A professora Louanne Johnsonganhar dinheiro com artesanato entra em uma escola da periferia norte-americana e é hostilizada pelos alunos. Percebendo que seu método de ensino não está funcionando Louanne passa a se envolver mais com a diversidade cultural de seus estudantes e, assim, percebe melhor as dificuldades que passam.
9. Entre os muros da escola, Laurent Cantet – 2008/ França
François Marin atua como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, na periferia de Paris, composta por estudantes de diversos países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Ele e seus colegas docentes tentam buscar diversas ações para ensinar os estudantes, mas ainda assim encontram dificuldades, dada as condições socioeconômicas em volta da unidade escolar.
10. Separados mas iguais, George Stevens Jr – 1991/ EUA
Baseado em fatos reais, Separados, mas iguais narra a disputa entre pais de alunos negros  e juízes do Condado de Claredon, na Carolina do Sul, no início dos anos 1950. Na época, as escolas separavam os alunos brancos, que claramente tinham acesso à educação de maior qualidade e acesso à verba para manter a estrutura das escolas. Um diretor da escola tem o pedido de um ônibus escolar negado e, com o apoio do pai de um de seus alunos, entra com processo contra o Estado, alegando a inconstitucionalidade na existência de escolas diferenciadas para negros e brancos.
11. Sarafina – o som da liberdade, Darrell Roodt – 1992/África do Sul
Com Whoopi Goldberg no papel principal, o filme conta a história de uma professora sul-africana que não aceita ver seus estudantes se sentindo diminuídos. Em um processo educativo permanente, ela ensina seus alunos negros a lutarem por seus direitos e compreenderem a sociedade em que vivem, não esquecendo que podem diariamente transformá-la.
12. Preciosa, Lee Daniels – 2009/EUA
O filme conta a trajetória de Claireece “Preciosa” Jones, uma garota negra que sofre diversas dificuldades. Quando criança, é abusada e violentada pelos pais. Cresce pobre e passa por uma série de discriminações por ser analfabeta e acima do peso. Após muita insistência pessoal e com a ajuda de uma educadora que muito acredita na sua possibilidade de mudança, Preciosa dá a volta por cima.
13. Alguém falou de racismo, Daniel Caetano – 2002/Brasil
O filme mistura trechos documentais e ficcionais para contar a história de um professor que decide provocar seus estudantes a pensarem sobre o preconceito racial e a construção da sociedade brasileira que sistematicamente segregou negros e brancos.

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